FUGA DE CÉREBROS NO MUNICÍPIO DA GANDA
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‘O Profeta nunca é bem aceite em sua terra / Os bons filhos voltam a casa’
O Município da Ganda é o areópago onde podemos viver e sentir, quão doloroso são estes princípios, que mais do que prever o verdadeiro comportamento sociocultural, político e económico de qualquer terra, constitui uma alavanca para todo aquele que não encontrasse terreno fertil, seguisse ‘ad literam’, as palavras de Jesus Cristo: ’ Ide anunciai o Evangelho, aos que aceitarem, batizai-os em Nome do Pai, Do Filho e Do Espirito Santo, mas caso não, sacudi a poeira de vossos pès ...’, (para que a condenação seja sentida por Eles e pelos eus filhos). Neste sentido, presenciamos conversas ímpares e o tempo testemunha que em cada dia estão a ganhar espaço num muncípio que mais do permanecer em ‘clausura’ devia, preparar terreno flexível para que as «Sementes lançadas nela» pudessem nascer e gerar frutos. Fora de qualquer controvérsia, há muitos gandenses que vencendo seu egoismo pessoal, sacrificaram-se em deslocar-se a outros lugares afim de aumentarem seu nível académico e socioprofissional, com o intuito de serem mais prestativos e assim contribuirem melhor para o crescimento e desenvolvimento da terra que os viu nascer. Concretizados seus sonhos, depois de aumentarem o volume de seus conhecimentos e num ar de missão cumprida regressam das Províncias vizinhas (Lubango, Huambo) e outros mesmo na Capital da Província e do País no sentido de que seu ’ Nous’ surtisse efeitos válidos na Comunidade Muganda. Na Nostalgia utópica, muitos destes filhos correm para que a sua terra se erga do pavor que também afetou o ambiente fotográfico que lhe é característico. apesar de que muitos filhos num espirito pessimista ou então aplicando seu sentido hermenêutico vêem no ‘ modus vivendi’ municipal uma noite no tamanho da ‘Idade Média’ e assim preferem reservar-se arranjando outros garimpos, do que voltar à terra. Fixando os ponteiros para o nosso título e recorrendo a Buscas ‘’a fuga de Cérebros está relacionada pelo seu termo em inglês, ‘’brain drain ‘’ a ‘’ uma emigração em massa de indivíduos com aptidões técnicas ou de conhecimentos, normalmente devido a factores como conflitos étnicos e guerras civis, falta de oportunidade, riscos à saude e instabilidade política.’’ A história registou, muitos feitos (talvéz ja é tempo de aprendemos com ela) e a fuga de cérebros contribuiu para alguns e de certeza empobreceu outros. conforme observou, o amigo Moises Rafael, a partir da Itália, (2013: 21 de Março às 04:14), ‘ a Roma antiga cujo crescimento económico, intelectual, cultural, artístico se deveu à fuga de cérebros das terras conquistadas pela sua máquina militar. O mesmo que aconteceu nos EUA durante a Segunda Guerra Mundial: ganhou muito com os cérebros fugidos de outros lugares (sobretudo hebreus), sem os quais aquela potência não seria o que é hoje.’ Em abono a verdade, os motivos para a fuga de capital humano são diversos, para termos uma ideia, vejamos alguma opiniões : Valdemar João (2013: 21 de Março às 08:35), aponta como causa, não só, a ‘ a busca incessantemente do homem pela sua felicidade e satisfação, que por vezes não é possivel em casa; mas lutas internas e falta de humildade, (tanto pelo chefe quanto pelo subordinado.) Nereidy Simão (2013: 21 de Março às 11:36) sustenta: -As Grandes falhas na polítca pública de dependência, destribuição, criação e gerência de quadros, o que faz com que os quadros de diversos níveis e escalões vindos venham da capital de província ou de outras Provincias. - 1º é que os municípios precisam ‘procurar’ crescer em todos os aspectos, se os trabalhadores não forem do referido município eles ganham o seu dinheiro ali (como funcionários públicos) mas investem (compram casa ou abrem os seus negócios) na sua cidade, resultado a Ganda não cresce. - Quero dizer com isso que a Ganda e quaquer outro município de Angola devem ter os seus próprios quadros, todos os anos devem ser retirados os melhorres alunos de cada município em regime de bolsa, tanto interna, como externa para formarem-se em todas as áreas do saber ( Professores, médicos, engenheiros, enfermeiros, juristas, etc, etc) Gungu Arão Filipe Filipão (2013:21 de Março às 13:44) sugere para se envitar esta fuga ‘’uma organização melhor, começando pelas estruturas provinciais, definindo para 20 anos o tempo mínimo de serviço, para se beneficiar da mobilidade geográfica. (transferência); as melhores condições, salários que justifiquem os vários riscos’’ João Antonio, (2013: 21 de março às 13:55) une a fuga com o facto de não haver estímulos, pois, segundo Ele, ‘ o esforço empreendido por muitos acaba por não ser remunerado, por isso, a procura de melhores condições económicas/psicológicas faz com que haja desercções nos municipios. As vezes chega a ser frustrante sair de uma grande cidade e ir trabalhar nas matas (entenda-se município) e em péssimas condições e chega-se a ganhar o mesmo salário em relação aos que trabalham nas grandes cidades’. Alcino Pereira (2013: 21 de março às 19:15) lamenta: ‘É triste ver partir as boas cabeças, mas há muitos bons que ficam por serem filhos da terra, têm que se reorganizar para reconstruir as infraestruturas para cuidarem do bem estar dos cidadãos para as pessoas se sentirem bem, a Ganda sempre viveu da agricultura e da criação de gado que gerou bom comercio e riqueza, tem que ir por aí, vai levar o seu tempo mas é bonito ter uma cidade organizada Salesiano Éden Pereira (2013:23 de março às 22:30) começa citando os latinos: " Ub bene ub patria" " onde se esta' bem ai e' nossa pátria". Mas, o sentir-se bem não depende apenas da nossa vontade, mas também de factores extra pessoais que vão facilitar a tal vivência ou mesmo convivência. E' isso que na maior parte das vezes tem faltado aos municípios. Para alguns, o ambiente tem sido propício dai sentirem-se bem, e para outros que o ambiente de forma propositada não lhes é' dado, sofrem e como solução é emigrar. (assim, se perde cabeçudos) O caso da Ganda, quanto a fuga de cérebros tem a ver, com tudo isto e muito mais...dai, que alguns cérebros fugiram até para o exterior do país. As conseqência: maior desenvolvimento das metrópoles, em detrimento dos municípios.(M.R) Para os que labutam depois, da hora normal de expediente, vêem suas vidas outrora sacrificadas reduzidas ao pó (não há mais nada); e isto Infelizmente, o transforma, não só em alambique, mas também em bordel, quer dizer não há lugares de passatempo ou de garimpos (não há zonas de lazer - bibliotecas, não há teatro-cinema, e infelizmente os debates são muito retringidos, alias muitos preferem não o fazer ou não participar em debates públicos até particulares, porque mais do que ajudar aos outros e a si mesmo, está a concorrer a carreira da inimizade e ser visto como um desordeiro, pedra no sapato e ou então pulga gerador de conflitos, e consequentemente passas a estar na mira de muitos). O que de certa forma prejudica o sonho de qualquer um. É pena, que muitos que já deviam ter juizo e capacidade crítica e análitica suficiente, fazem-se trocar por um ‘prato de lentilhas’, servindo de satélites mediterrãnicas, concluindo e levando qualquer voz solta às Bombas de Combustível, assim, afundam seus conterrãneo, colega e amigos etc. Poucos em tempos contemporâneos arriscam ou insistem em dar sangue (Carga), embatendo á ventos supostamente fortes, para o bem da Ganda, com o fim de criar e gerar energia futura. A maior parte de intelectuais são circunstânciais, usam a ‘ética da situação’. Buscam no camaleão a sobrevivência do momento e até muitos ja dizem:’ O patriotismo/ heroismo cá é igual a suicídio.’ Quer dizer que a a falta de abertura de muitas chaves faz com que a nossa Ganda permanecesse no berço africano e na caverna europeia. Assim, muitos dos nossos Conterrâneos com aptidões técnicas ou de conhecimentos na primeira oportunidade que a vida lhes oferecer de sair da Banda, não olham a atrás e de certeza muitos já o fizeram, (é só percorrerrem as a Província de Benguela, outras províncias ou então a capital do país, para confirmarem).( os novos sonhos também são permitidos) Nós sentimos e isto está se agravando a cada minuto que passa, porque muitos dos formados, e que estejam a trabalhar naquelas bandas sentem-se marginalizados e preferem sacudir o pó de suas botas e não cumprir com o pedido de Aristóteles. ‘Os que estão acordados que despertem os dorminhocos’ ou então com a vontade social-educativa de Platão a partir do mito da Caverna. E Fazem aquilo a que muitas vezes brincando com meus colega dizemos:’ hà momentos que quando alguém quer sair do buraco, ofereça-lhe a mão, e caso queira se afundar ajude-o a ir mais para lá das profundezas.’ A nossa Ganda está nos últimos dias a vivenciar um momento impar da sua história, muitos até pensam o hoje-2012-2013 em relação aos anos anteriores-2001-2006 é mais complicado viver naquelas terras. Os gandenses que não voltam a sua terra de origem-Ganda- tão logo acabem a formação, muitos deles, estão a ser injustos com a mãe terra, apesar de que muitos justifiquem que o município em si põem barreiras aos nativos: Será verdade!? Na verdade, tal como em qualquer parte do mundo, a troca de ideias, o remendo novo em pano velho, pode a certa medida remediar a situação até que se busque o ‘ justo meio’ e assim, o novo passe à velho. Para que o município desenvolva e cresça, a ajuda de seus filhos, de seus amigos é necessária. A Ganda não pode mais negar de sair do berço, Ela tem que abrir-se para a vida, sendo permeável de forma a que Santo Agostinho intervenha com sua filosofia ‘ a água mole em pedra dura, tanto bate até que fura’. É mister, referir que precisamos de começar, e parte na mudança de consciência e o sentido patriótico deve ser de interesse de todos, dai que os que travam os outros através de várias formas percebam que ja estamos no século 21, e ‘que estão no lado errado da história’(B.Obama), saibam também que aos poucos vamos chegando até lá, caso permitam, porque se não!? (senão o quê!!!!!?????) Contudo, é preciso que se crie condições básicas: os serviços básicos (é engraçado que caso queiras comer, não é possivel depois das 22 horas). o turismo ou atracção de outros depende da imagem que damos dela, o que é necessário que se faça publicidade da mesma; de certeza que muitos filhos e amigos que esteja a dormir (propositadamente) hão de ser despertados e poderão dizer: ah!!! A GANDA existe e de certeza precisa de nós. Para finalizar podemos dizer: - As lutas internas geram traição e muitos conflitos; - Os municpios devem procurar politicas de forma a que se invista na terra em que os trabalhaores estão (sendo ou não do município). - Já que os salários são gerais/ comuns; é preciso que se emplemente subsídios, talvéz se estimule assim os quadros. Nesta linha linha de visão, Ganda não pode ser vista como uma fazenda favorável para que se passe a reforma antecipada, Ela é nossa terra, precisa de nós. A força de vontade da nossa esperança está no ditado segundo o qual ’ Os Bons filhos voltam sempre a casa’.(Bom, !!! os que não voltam são também bons). Porém, " Ub bene ub patria" " onde se esta' bem ai e' nossa pátria" o sentir-se bem não depende apenas da nossa vontade, mas também de factores extra pessoais que vão facilitar a tal vivência ou mesmo convivência.(E.S.P) Feito, na Ganda, aos 06 de Março de 2013. Ernesto A.Cordeiro (Vade Mecum)